segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016

O Regicídio



      Completam-se hoje, dia 1 de fevereiro, 108 anos sobre a data em que um assassinato mudou para sempre os destinos de Portugal: o Regicídio, quando perderam a vida o rei D. Carlos e o príncipe herdeiro, D. Luís Filipe.

D. Luís Filipe e D. Carlos
      Este atentado ocorreu quando o monarca regressava de Vila Viçosa, no Alentejo, acompanhado pela rainha e pelo príncipe real. Tendo desembarcado no Terreiro do Paço em direção ao Palácio das Necessidades, o cortejo real incluía várias carruagens encabeçadas pela família real, na qual se destacava o Fiat de D. Afonso, o "Arreda", irmão de D. Carlos e fervoroso adepto dos automóveis.

Família Real Portuguesa 



D. Afonso, Duque do Porto, irmão de D. Carlos


     Pelas cinco horas da tarde, quando o landau régio contornava a praça em direção à rua do Arsenal, destacou-se um homem de barbas pretas, o professor primário Manuel Buiça, que disparou várias vezes sobre o rei D. Carlos, atingindo-o no pescoço, no ombro e no rosto.

      Do lado oposto, um segundo homem, o caixeiro Alfredo Costa, disparou o seu revólver contra as costa do rei e acabou por também atingir o príncipe D. Luís Filipe, que entretanto se erguera.


      Depois de mortalmente alvejados no Terreiro do Paço, foi no Arsenal que D. Carlos e D. Luís Filipe deram entrada, conduzidos na carruagem onde ainda seguiam D. Amélia e o infante D. Manuel.     


Rainha D. Amélia


D. Manuel

      D. Carlos teve morte imediata e D. Luís Filipe terá falecido na antiga Sala dos Curativos, podendo dizer-se, citando Jorge Morais, que o príncipe herdeiro foi rei de Portugal por breves minutos.