domingo, 31 de março de 2013

A mulher na Grécia

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Maria Lima, do 7º C,
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Orientado pelo Prof. Jorge Guimarães

segunda-feira, 18 de março de 2013

História de Rio Tinto


Rio Tinto é uma cidade e freguesia do concelho de Gondomar que pertence ao distrito do Porto. È uma localidade com 9,5 km² de área e segundo as últimas estatísticas de 2011 tem cerca de 50 713 habitantes.

O nome Rio Tinto tem uma ligação com o rio que atravessa esta localidade havendo uma lenda que explica a origem deste nome. Segundo narra a lenda no início do século IX, os Cristãos ganhavam terreno aos Mouros. Na altura governava o Conde Hermenegildo Gutierres o território da Galiza até Coimbra, tendo como centro o Porto. Contudo, o Califa Abderramão II, com o seu poderoso exército, fez uma violenta investida, cercando a cidade do Porto. O Rei Ordonho II desceu em socorro do seu sogro, o Conde Gutierres, conseguindo afastar os Mouros e perseguindo-os para longe da cidade. Junto a um límpido ribeiro, travou-se a sangrenta batalha. Na memória do povo, ficou o sangue derramado que, de tão abundante, tingiu as cristalinas águas do rio, passando desde então a chamar-se Rio Tinto.

O rio atravessa a freguesia sensivelmente a meio, numa orientação aproximada Norte-Sul. Nasce em Ermesinde, muito perto do limite norte da freguesia e é a principal, e quase única, linha de água que existe na localidade. Durante séculos, o rio forneceu à população água e peixe. As lavadeiras ganhavam a vida nas suas águas, nas margens existiam os moinhos, cujos moleiros disputavam com os lavradores a água das regas. Mais recentemente, durante a última década do século XX, o rio que corre em Rio Tinto foi alvo de um crime ecológico, tendo uma parte considerável da sua extensão sido entubada e enterrada a alguns metros abaixo da superfície do solo, de forma a facilitar a expansão urbanística do pequeno município.

A povoação de Rio Tinto é anterior à criação do reino de Portugal. O lugar pertencia ao antigo julgado da Maia, e identificava-se pela existência de um antigo convento de Agostinhas, atual Quinta das Freiras, fundado em 1062.

D. Afonso Henriques, após a criação do reino de Portugal, protegeu-o dando-lhe foro de couto a 20 de Maio de 1141, foro esse renovado pelos monarcas posteriores. Este couto englobava as aldeias de Vila Cova, Ranha, Rebordãos, Quintã, Triana, Portela, Areosa, Pinheiro, Gesta, Brasileiro, Forno, Santegãos, Carreiros, Medancelhe, Casal, Lourinha, Sevilhães, Perlinhas, Ferraria, Vendas Velhas, Vendas Novas, Cavada nova, São Sebastião, Vale de Flores, Soutelo, Mendalho, Amial e Mosteiro. Em 1801 tinha 2 675 habitantes.

O convento de Agostinhas agora é conhecido pela Quinta das Freiras e atualmente são também as instalações da casa da juventude. Sendo um local de lazer muito acolhedor, com espaços verdes para passeios e tem várias ocupações para os tempos livres. Do mosteiro que caracterizava e dava importância ao couto de Rio Tinto nada resta atualmente. Sabe-se, porém, que foi extinto a 6 de Janeiro de 1535, ficando com os seus privilégios o mosteiro beneditino de Ave Maria no Porto.
Houve também outro local típico na história de Rio Tinto para além do mosteiro que foi o lugar do Monte da Burra que deve o seu nome também à época das guerras. Local de acampamento para os soldados, o Monte da Burra é assim designado porque os burros lá eram enterrados.

Em 10 de Dezembro de 1867, através de um decreto, deu-se a criação do concelho de Rio Tinto. Dele faziam parte sete paróquias civis: Águas Santas, Covelo, Gondomar, São Pedro da Cova, Rio Tinto, Valbom, São Vicente de Alfena e Valongo. Este concelho existiu até 14 de Janeiro de 1868. Em 28 de Junho de 1984 voltou a ser vila, agora com duas freguesias: Rio Tinto e Baguim do Monte. Desde 21 de Junho de 1995, onze anos depois de ter sido elevada a vila, foi oficialmente criada a cidade de Rio Tinto, constituída pelas freguesias de Rio Tinto e Baguim do Monte.

O Brasão de Rio Tinto tem o fundo azul com uma espada espetada no Rio, Tinto do sangue (lenda que atribui o nome da localidade à batalha entre Cristãos e Mouros). À direita da espada, encontram-se 2 espigas (milho e trigo) e, à sua esquerda, uma roda dentada, que lembra a atividade agrícola de outrora, e a segunda que simboliza a indústria que se foi desenvolvendo a partir do início deste século.

O PATRIMÓNIO DE RIO TINTO:

Quinta das Freiras
• Quinta de Campainha - Capela da Nossa Senhora da Conceição Antigo lugar

do mosteiro
• Capela de Nossa Senhora da Conceição
• Capela de Nossa Senhora da Lapa (Rio Tinto)
• Capela de Nosso Senhor dos Aflitos (na Triana e em Rebordãos)
• Capela de Nossa Senhora do Amparo
• Capela de Nosso Senhor do Calvário
• Capela de Nossa Senhora da Ponte
• Capela do Mártir São Sebastião (Rio Tinto)
• Capela de São Joaquim (da Obra ABC)
• Centro Cultural Amália Rodrigues
• Cripta (ou Igreja de Santa Maria de Rio Tinto) junto à Igreja Matriz
• Cruzeiro junto à Igreja Matriz
• Estação de Rio Tinto
• Igreja Matriz de Rio Tinto
• Igreja de Santo António de Corim
• Pelourinho
• Piscinas Municipais
• Prédio da Junta de Freguesia
• Quinta das Freiras
• Quinta do Perdigão (também belo exemplar da quinta dos imigrantes
brasileiros do séc. XIX)
• Quinta do Sá (típica e bela quinta dos imigrantes no Brasil do séc. XIX)


Joana Alexandre Freire 5ºC nº10

 

quarta-feira, 6 de março de 2013

FORMAÇÃO DO REINO DE PORTUGAL


Durante a Reconquista Cristã, D. Afonso VI pediu ajuda a cruzados da Europa, dos quais se destacaram D. Raimundo e primo D. Henrique de Borgonha. Como recompensa pela ajuda prestada:

  • D. Raimundo casou com D. Urraca, filha legítima do rei e recebeu o Condado da Galiza;
  • D. Henrique casou com D. Teresa, filha ilegítima do rei e recebeu o Condado Portucalense.

Contudo ao receber um condado tinham de ser leais, obedientes e de prestar auxílio militar ao rei de Castela, D. Afonso VI.

Quando D. Henrique morreu, D. Afonso Henriques (filho de D. Henrique e D. Teresa) ainda não tinha quatro anos por isso D. Teresa passou a governar o Condado Portucalense. Aos 16 anos Afonso Henriques armou-se a si próprio cavaleiro e, como D. Teresa tinha um relacionamento amoroso com um conde galego (Fernão Peres de Trava) havia o receio que a independência do Condado estivesse em perigo, daí que em 1128, se trave a batalha de S. Mamede, entre mãe e filho. Esta batalha acaba por ser ganha por D. Afonso Henriques e os velhos companheiros de armas de seu pai.

D. Afonso Henriques tinha dois objetivos:

  • Lutar contra o primo D. Afonso VII para conseguir a independência do Condado Portucalense;
  • Lutar contra os Muçulmanos para aumentar o território para sul.

A 5 de outubro de 1143 foi assinado o Tratado de Zamora que reconhece a independência do Condado Portucalense, que passou a chamar-se REINO DE PORTUGAL e D. Afonso Henriques foi o seu primeiro rei. Desde 1143 até 1910 Portugal foi uma monarquia hereditária.

Naquela época, o Papa tinha muitos poderes e cada vez que se formava um novo reino cristão, este tinha de reconhecer a independência do reino e confirmar o título de rei ao seu primeiro monarca.

Apesar de muitos serviços prestados à igreja apenas em 1179 é que o Papa Alexandre III reconheceu D. Afonso Henriques como o primeiro rei de Portugal.

A conquista da linha do Tejo fez-se de rio em rio, pois estes eram muito difíceis de atravessar. Em 1147, D. Afonso Henriques conquistou Santarém pela tática do assalto e Lisboa pela tática do cerco. Mas só em 1249 é que os portugueses conseguiram conquistar definitivamente o Algarve, passando D. Afonso III a intitular-se Rei de Portugal e do Algarve.

Na guerra contra os Mouros participaram:

  • O rei que comandava os combates mais importantes;
  • Os senhores nobres e monges-guerreiros que combatiam a cavalo e comandavam os seus guerreiros;
  • Os homens do povo que combatiam a pé e eram os mais numerosos.

Havia zonas em que eram disputadas pelo Reino de Portugal e pelo Reino de Leão e de Castela. Os conflitos resolveram-se em 1297 com o Tratado de Alcanises.

Trabalho de Beatriz Magalhães, nº 6, 5ºI, sob orientação da profª Olga Basílio

A implantação da república


Portugal foi, desde a sua fundação, governado por reis. A essa forma de governo chama-se monarquia.


No entanto, nos finais do século XIX, havia muitas pessoas que achavam que a monarquia não era a melhor forma de governar um país: o rei reinava a vida toda.

Os problemas que as pessoas viam na monarquia eram devido a coisas muito simples:

-E se o rei governasse mal?
-E se fosse cruel para o povo?
-E se ficasse doente ou louco?
-E se tivesse ideias extravagantes que prejudicassem as pessoas?
-E se decidisse mal coisas importantes para o país?



Claro que estes problemas podem acontecer com qualquer governante, fosse ele um rei ou outro.

No entanto, as vantagens de uma forma de governar diferente eram vistas como boas. Seria um sistema diferente: uma república.

As repúblicas têm dirigentes eleitos por períodos de tempo mais curtos, e o controlo do poder parecia mais eficaz.

Por tudo isto, grupos de cidadãos portugueses, partidários de um sistema de governo republicano foram-se revoltando e acabaram por conseguir terminar com a monarquia e implantar a República, como vinha acontecendo noutros países da Europa.

A República foi proclamada dos Paços do Concelho (a Câmara Municipal) em Lisboa. A importância deste facto foi tal que se decidiu que essa data fosse um dia feriado.

O último rei foi D. Manuel II que partiu para Inglaterra com a restante família real, ficando aí a viver no exílio.

O primeiro presidente foi Teófilo Braga, mas foi apenas presidente do Governo provisório até às eleições, onde foi eleito como primeiro Presidente de Portugal Manuel de Arriaga.

Trabalho realizado por Marco Ferreira, nº18 6ºF, sob orientação de Olga Basílio

Salazar e o Estado Novo


Dados biográficos

António Oliveira Salazar nasceu a 28 de Abril de 1889 em Vimieiro, Santa Comba Dão e faleceu, aos 81 anos, a 27 de Julho de 1970 em Lisboa.

Apoiava o partido Centro Académico da Democracia Cristã, depois União Nacional. Foi professor na Universidade de Coimbra. Ministro das Finanças (1928), a convite do general Óscar Carmona, então Presidente da República e de 1932 a 1968 foi chefe do governo.


Salazar e o Estado Novo

António de Oliveira Salazar foi presidente do ministério, entre 1932-33. Durante o seu mandato os autoritarismos foram amplamente experienciados de duas formas: a propaganda e a repressão. Com as quais assegurava a doutrinação de grande parte da população portuguesa, bem como através da polícia politica (PIDE) e da Legião Portuguesa, que combatiam todos aqueles que estavam contra o seu governo.

Trabalho de Rui Jorge Monteiro Ferreira, sob orientação de Olga Basílio

A queda da monarquia em Portugal


 
A monarquia acabou por várias razões, o descontentamento da população, a questão Africana e o Ultimato, a ação do partido Republicano e o regicídio.

Aqueles que eram pobres estavam cada vez mais pobres, o rei e a família real gastavam cada vez mais dinheiro do reino, a alta burguesia enriquecia cada vez mais com os seus lucros e os governos da monarquia não conseguiram melhorar as condições de vida do povo.

Entretanto, os países europeus mais industrializados, começaram a organizar expedições ao continente africano, para ocupar os territórios mais ricos em ouro, algodão, diamantes e café. Esses países juntamente com Portugal reuniram-se na Conferência de Berlim, aí ficou decidido que as terras africanas seriam de quem as ocupasse efetivamente. Mas Portugal tinha de defender os seus interesses, e em 1886 apresentou aos países mais interessados um mapa (chamado Mapa Cor-de-Rosa) em que exigia para si os territórios compreendidos entre Angola e Moçambique.

Em 11 de janeiro de 1890, como Inglaterra não aceitou as exigências dos portugueses, apresentou-nos um Ultimato, ou os portugueses desocupavam os territórios situados entre Angola e Moçambique, ou o governo inglês declarava guerra a Portugal, e assim o governo português viu-se obrigado a aceitar o Ultimato.

Mas, por esta altura os Republicanos achavam que à frente do país não devia estar um rei, mas sim um presidente eleito pelos portugueses, que só governasse durante alguns anos e não até à sua morte. Assim, em 31 de Janeiro de 1891 deu-se, no Porto, a primeira revolta armada contra a monarquia.

Então, no dia 1 de Fevereiro de 1908 dá-se um atentado contra a família real, onde são mortos o rei D. Carlos e o príncipe herdeiro, D. Luís Filipe. E com as suas mortes foi aclamado rei D. Manuel ||.

Assim, com todas estas razões para a queda da monarquia na madrugada do dia 4 de outubro de 1910 inicia-se em Lisboa, a revolução republicana. A revolução saiu vitoriosa e na manhã de 5 de outubro de 1910, José Relvas proclama a República.



Leonor Rocha nº15 6ºF, orientado pela profª Olga Basílio

ESCRAVATURA


Uma das maiores tragédias da história da Humanidade
 

     No Brasil, a escravidão teve início com a produção de açúcar na primeira metade do século XVI. Os portugueses traziam os negros africanos das suas colónias em África e utilizavam-nos como mão-de-obra escrava nos engenhos de açúcar do Nordeste.

     Os comerciantes de escravos portugueses vendiam os africanos, no Brasil, como se fossem mercadorias. Os mais saudáveis chegavam a valer o dobro dos que eram mais fracos ou mais velhos.

 

Venda de escravos

     Vindos de África, em navios negreiros e transportados em condições desumanas. Os escravos negros eram empilhados no fundo do porão do navio aferrolhados, acorrentados, com receio de que se revoltassem e matassem todos os brancos que iam a bordo. O ar só lhes chegava pelas grades da escotilha ou por pequenas frestas. Havia sentinas, mas muitos tinham medo de perder o lugar e faziam ali mesmo as suas necessidades, de forma que o calor e o cheiro eram insuportáveis. Muitos não resistiam, morrendo asfixiados, exaustos ou doentes durante a viagem e os seus corpos eram atirados ao mar. Chegados ao destino, homens, mulheres e crianças, eram depois vendidos nos mercados de escravos como se fossem animais.

     Nas fazendas de açúcar ou nas minas de ouro (a partir do século XVIII), os escravos eram tratados da pior forma possível. Trabalhavam muito (de sol a sol), recebendo apenas trapos de roupa e uma alimentação de péssima qualidade. Passavam as noites nas sanzalas (escuras, húmidos e com pouca higiene) acorrentadas para evitar fugas. Eram constantemente castigados fisicamente, sendo o açoite a punição mais comum.

     Eram proibidos de praticar a sua religião ou de realizar as suas festas e rituais africanos. Tinham que seguir a religião católica, imposta pelos senhores do engenho e adotar a língua portuguesa na comunicação.

     Mesmo com todas as imposições e restrições, não deixaram que a cultura africana se apagasse. Escondidos, realizavam os seus rituais, praticavam as suas festas, mantendo as suas representações artísticas e até desenvolveram uma forma de luta: a capoeira.

     As mulheres negras também sofreram muito com a escravidão, embora os senhores do engenho utilizassem esta mão-de-obra, principalmente, para trabalhos domésticos. Cozinheiras, arrumadeiras e até mesmo amas-de-leite foram comuns naqueles tempos.

     No século XVIII surgiu uma lei que permitia aos escravos comprar a sua liberdade após adquirirem a carta de alforria. Juntando alguns “trocados” durante a vida, conseguiam tornar-se livres. Como tinham um dia livre por semana, o que conseguissem ganhar nesse dia era para eles. Porém, quando os donos pressentiam que eles estavam a amealhar demasiado, cortavam-lhes o dia livre ou ficavam-lhes com o ganho dizendo que se o escravo lhes pertence tudo o que é do escravo lhes pertence também por direito.

     Esta lei não resolvia nada, no fundo, só servia para criar ilusões. Alguns escravos esforçavam-se ao máximo, reuniam o que era preciso e quando iam entregar o saco das moedas julgando que chegara a hora mais feliz das suas vidas, o senhor recusava.

 

                                                  Revolta dos escravos


     Foram comuns as revoltas de escravos nas fazendas.

      Os negros que conseguiam fugir refugiavam-se em locais bem escondidos e fortificados no meio das matas. Estes locais eram conhecidos como Quilombos. O mais famoso foi o Quilombo de Palmares, comandado por Zumbi.

     Nestas comunidades, eles viviam de acordo com a cultura africana, plantando e produzindo em comunidade.

     Os quilombos representaram uma das formas de resistência e combate à escravidão. Rejeitando a cruel forma de vida, os negros procuravam a liberdade e uma vida com dignidade, resgatando a cultura e a forma de viver que deixaram em África.

 

Abolição da Escravatura

 

      O primeiro passo foi dado em 1850, com a extinção do tráfico negreiro. Vinte anos mais tarde, foi declarada a Lei do Ventre-Livre (de 28 de Setembro de 1871). Esta lei tornava livre os filhos de escravos que nascessem a partir da sua promulgação.

      Em 1855, foi aprovada a lei Saraiva-Cotegipe ou dos Sexagenários que beneficiava os negros com mais de 65 anos. Mas foi a 13 de Maio de 1888, através da Lei Áurea, que a liberdade total foi finalmente alcançada pelos negros no Brasil. Esta lei, assinada pela Princesa Isabel, abolia de vez a escravidão no Brasil.

 
Trabalho de Leonor Cardoso, nº 17, 6ª G, orientado pela profª Olga Basílio