segunda-feira, 28 de novembro de 2011

A Pesca

     A nível mundial, a pesca desenvolve-se mais intensamente nas plataformas continentais, que são as áreas submersas junto aos continentes e onde existem os maiores bancos pesqueiros.
    As plataformas continentais têm grande abundância de recursos piscatórios, devido à fraca profundidade que permite assim mais luz solar, favorecendo a formação de plantón; a agitação das águas, tornando-as mais ricas em oxigénio e em plantón; pouca salinidade da água e abundância de nutrientes provenientes dos rios. Também existe grande abundância de recursos, onde ocorre o fenómeno marinho, designado por upwelling, que consiste na subida das águas profundas à superfície, que contêm enormes quantidades de nutrientes depositados no fundo do mar.
   Assim, no nordeste do Atlântico e no noroeste e centro oeste do Pacífico, existe grande riqueza de peixe, pois possuem extensas plataformas continentais. Estas áreas são as que possuem melhor e maior frota pesqueira, obtendo as melhores capturas.
   Os principais tipos de pesca são:
·          Pesca local e costeira;
·          Pesca do alto;
·          Pesca de longa distância.
   As técnicas utilizadas na atividade piscatória são:
·           Arrasto;
·           Cerco;
·           Deriva.
    As correntes marítimas são bastante importantes, pelo fato de provocarem uma permanente renovação da água e arrastarem nutrientes e plantón, favorecendo a reprodução das espécies.
    A pesca sempre fez parte da cultura humana, assim as suas técnicas e caraterísticas foram evoluindo.
   Portugal, apesar das grandes tradições existentes na pesca, atravessa uma crise devido ao envelhecimento da sua frota, vocacionada quase exclusivamente para a pesca costeira (embarcações pequenas, que não se afastam da costa e utilizam técnicas tradicionais), enquanto o setor mais modernizado é abatido pela concorrência internacional, devido à falta de acordos de pesca. 
   Para além deste problema, existem outros problemas no setor das pescas que são:
·           Sobreexploração dos bancos pesqueiros;
·           Esgotamento de zonas de pesca tradicional (esforço de pesca superior à capacidade de renovação das espécies);
·           Concentração financeira da propriedade, das embarcações e das empresas;
·           Incapacidade técnica e financeira por parte dos países desenvolvidos.
   Assim, é necessário tomar medidas que alterem ou minorem os problemas com quais este setor se debate. Estas são as medidas que deverão ser rapidamente adotadas:
·          Modernização da frota, investindo em embarações de alta tecnologia, que permitem aumentar a produtividade;
·          Preparação da frota com navios maiores;
·          Maior aposta na preparação profissional da mão-de-obra;
·          Renovação das infra-estruturas existentes;
·          Negociação de novos acordos de peca, no âmbito da PAC (Política Agrícola Comum);
·          Desenvolvimento da aquacultura;
·          Definição de Z.E.E. (Zonas Económicas Exclusivas) e de quotas;
·          Prevenção da poluição.

Trabalho elaborado por Inês Queirós, nº14, 9ºB, com a orientação da Prof. Paula Sousa.