Rio Tinto é uma cidade e freguesia do concelho de Gondomar que
pertence ao distrito do Porto. È uma localidade com 9,5 km² de área e segundo
as últimas estatísticas de 2011 tem cerca de 50 713 habitantes.
O nome Rio Tinto tem uma ligação com o rio que atravessa esta
localidade havendo uma lenda que explica a origem deste nome. Segundo narra a
lenda no início do século IX, os Cristãos ganhavam terreno aos
Mouros. Na altura governava o Conde Hermenegildo Gutierres o território da
Galiza até Coimbra, tendo como centro o Porto. Contudo, o Califa
Abderramão II, com o seu poderoso exército, fez uma violenta investida,
cercando a cidade do Porto. O Rei Ordonho II desceu em socorro do seu sogro, o
Conde Gutierres, conseguindo afastar os Mouros e perseguindo-os para longe da
cidade. Junto a um límpido ribeiro, travou-se a sangrenta batalha. Na memória
do povo, ficou o sangue derramado que, de tão abundante, tingiu as cristalinas
águas do rio, passando desde então a chamar-se Rio Tinto.
O rio atravessa a freguesia sensivelmente a meio, numa orientação
aproximada Norte-Sul. Nasce em Ermesinde, muito perto do limite norte da
freguesia e é a principal, e quase única, linha de água que existe na
localidade. Durante séculos, o rio forneceu à população água e peixe. As
lavadeiras ganhavam a vida nas suas águas, nas margens existiam os moinhos,
cujos moleiros disputavam com os lavradores a água das regas. Mais
recentemente, durante a última década do século XX, o rio que corre em
Rio Tinto foi alvo de um crime ecológico, tendo uma parte
considerável da sua extensão sido entubada e enterrada a alguns metros abaixo
da superfície do solo, de forma a facilitar a expansão urbanística do pequeno
município.
A povoação de Rio Tinto é anterior à criação do reino de Portugal.
O lugar pertencia ao antigo julgado da Maia, e identificava-se pela existência
de um antigo convento de Agostinhas, atual Quinta das Freiras, fundado em 1062.
D. Afonso Henriques, após a criação do reino de Portugal,
protegeu-o dando-lhe foro de couto a 20 de Maio de 1141, foro esse renovado
pelos monarcas posteriores. Este couto englobava as aldeias de Vila Cova,
Ranha, Rebordãos, Quintã, Triana, Portela, Areosa, Pinheiro, Gesta, Brasileiro,
Forno, Santegãos, Carreiros, Medancelhe, Casal, Lourinha, Sevilhães, Perlinhas,
Ferraria, Vendas Velhas, Vendas Novas, Cavada nova, São Sebastião, Vale de
Flores, Soutelo, Mendalho, Amial e Mosteiro. Em 1801 tinha 2 675 habitantes.
O convento de Agostinhas agora é conhecido pela Quinta das Freiras
e atualmente são também as instalações da casa da juventude. Sendo um local de
lazer muito acolhedor, com espaços verdes para passeios e tem várias ocupações
para os tempos livres. Do mosteiro que caracterizava e dava importância ao
couto de Rio Tinto nada resta atualmente. Sabe-se, porém, que foi extinto a 6
de Janeiro de 1535, ficando com os seus privilégios o mosteiro beneditino de
Ave Maria no Porto.
Houve também outro local típico na história de Rio Tinto para além do mosteiro que foi o lugar do Monte da Burra que deve o seu nome também à época das guerras. Local de acampamento para os soldados, o Monte da Burra é assim designado porque os burros lá eram enterrados.
Houve também outro local típico na história de Rio Tinto para além do mosteiro que foi o lugar do Monte da Burra que deve o seu nome também à época das guerras. Local de acampamento para os soldados, o Monte da Burra é assim designado porque os burros lá eram enterrados.
Em 10 de Dezembro de 1867, através de um decreto, deu-se a criação
do concelho de Rio Tinto. Dele faziam parte sete paróquias civis: Águas Santas,
Covelo, Gondomar, São Pedro da Cova, Rio Tinto, Valbom, São Vicente de Alfena e
Valongo. Este concelho existiu até 14 de Janeiro de 1868. Em 28 de Junho de
1984 voltou a ser vila, agora com duas freguesias: Rio Tinto e Baguim do Monte.
Desde 21 de Junho de 1995, onze anos depois de ter sido elevada a vila, foi
oficialmente criada a cidade de Rio Tinto, constituída pelas freguesias de Rio
Tinto e Baguim do Monte.
O Brasão de Rio Tinto tem o fundo azul com uma espada espetada no
Rio, Tinto do sangue (lenda que atribui o nome da localidade à batalha entre
Cristãos e Mouros). À direita da espada, encontram-se 2 espigas (milho e trigo)
e, à sua esquerda, uma roda dentada, que lembra a atividade agrícola de
outrora, e a segunda que simboliza a indústria que se foi desenvolvendo a
partir do início deste século.
• Quinta das Freiras
• Quinta de Campainha - Capela da Nossa Senhora da Conceição Antigo lugar
do mosteiro
• Capela de Nossa Senhora da Conceição
• Capela de Nossa Senhora da Lapa (Rio Tinto)
• Capela de Nosso Senhor dos Aflitos (na Triana e em Rebordãos)
• Capela de Nossa Senhora do Amparo
• Capela de Nosso Senhor do Calvário
• Capela de Nossa Senhora da Ponte
• Capela do Mártir São Sebastião (Rio Tinto)
• Capela de São Joaquim (da Obra ABC)
• Centro Cultural Amália Rodrigues
• Cripta (ou Igreja de Santa Maria de Rio Tinto) junto à Igreja Matriz
• Cruzeiro junto à Igreja Matriz
• Estação de Rio Tinto
• Igreja Matriz de Rio Tinto
• Igreja de Santo António de Corim
• Pelourinho
• Piscinas Municipais
• Prédio da Junta de Freguesia
• Quinta das Freiras
• Quinta do Perdigão (também belo exemplar da quinta dos imigrantes
brasileiros
do séc. XIX) • Capela de Nossa Senhora da Conceição
• Capela de Nossa Senhora da Lapa (Rio Tinto)
• Capela de Nosso Senhor dos Aflitos (na Triana e em Rebordãos)
• Capela de Nossa Senhora do Amparo
• Capela de Nosso Senhor do Calvário
• Capela de Nossa Senhora da Ponte
• Capela do Mártir São Sebastião (Rio Tinto)
• Capela de São Joaquim (da Obra ABC)
• Centro Cultural Amália Rodrigues
• Cripta (ou Igreja de Santa Maria de Rio Tinto) junto à Igreja Matriz
• Cruzeiro junto à Igreja Matriz
• Estação de Rio Tinto
• Igreja Matriz de Rio Tinto
• Igreja de Santo António de Corim
• Pelourinho
• Piscinas Municipais
• Prédio da Junta de Freguesia
• Quinta das Freiras
• Quinta do Perdigão (também belo exemplar da quinta dos imigrantes
• Quinta do Sá (típica e bela quinta dos imigrantes no Brasil do séc. XIX)