Durante
a Reconquista Cristã, D. Afonso VI pediu ajuda a cruzados da Europa,
dos quais se destacaram D. Raimundo e primo D. Henrique de Borgonha.
Como recompensa pela ajuda prestada:
- D. Raimundo casou com D. Urraca, filha legítima do rei e recebeu o Condado da Galiza;
- D. Henrique casou com D. Teresa, filha ilegítima do rei e recebeu o Condado Portucalense.
Contudo
ao receber um condado tinham de ser leais, obedientes e de prestar
auxílio militar ao rei de Castela, D. Afonso VI.
Quando
D. Henrique morreu, D. Afonso Henriques (filho de D. Henrique e D.
Teresa) ainda não tinha quatro anos por isso D. Teresa passou a
governar o Condado Portucalense. Aos 16 anos Afonso Henriques
armou-se a si próprio cavaleiro e, como D. Teresa tinha um
relacionamento amoroso com um conde galego (Fernão Peres de Trava)
havia o receio que a independência do Condado estivesse em perigo,
daí que em 1128, se trave a batalha de S. Mamede, entre mãe e
filho. Esta batalha acaba por ser ganha por D. Afonso Henriques e os
velhos companheiros de armas de seu pai.
D.
Afonso Henriques tinha dois objetivos:
- Lutar contra o primo D. Afonso VII para conseguir a independência do Condado Portucalense;
- Lutar contra os Muçulmanos para aumentar o território para sul.
A
5 de outubro de 1143 foi assinado o Tratado de Zamora que reconhece a
independência do Condado Portucalense, que passou a chamar-se REINO
DE PORTUGAL e D. Afonso Henriques foi o seu primeiro rei. Desde 1143
até 1910 Portugal foi uma monarquia hereditária.
Naquela
época, o Papa tinha muitos poderes e cada vez que se formava um novo
reino cristão, este tinha de reconhecer a independência do reino e
confirmar o título de rei ao seu primeiro monarca.
Apesar
de muitos serviços prestados à igreja apenas em 1179 é que o Papa
Alexandre III reconheceu D. Afonso Henriques como o primeiro rei de
Portugal.
A
conquista da linha do Tejo fez-se de rio em rio, pois estes eram
muito difíceis de atravessar. Em 1147, D. Afonso Henriques
conquistou Santarém pela tática do assalto e Lisboa pela tática do
cerco. Mas só em 1249 é que os portugueses conseguiram conquistar
definitivamente o Algarve, passando D. Afonso III a intitular-se Rei
de Portugal e do Algarve.
Na
guerra contra os Mouros participaram:
- O rei que comandava os combates mais importantes;
- Os senhores nobres e monges-guerreiros que combatiam a cavalo e comandavam os seus guerreiros;
- Os homens do povo que combatiam a pé e eram os mais numerosos.
Havia
zonas em que eram disputadas pelo Reino de Portugal e pelo Reino de
Leão e de Castela. Os conflitos resolveram-se em 1297 com o Tratado
de Alcanises.
Trabalho
de Beatriz Magalhães, nº 6, 5ºI, sob orientação da profª Olga
Basílio