quarta-feira, 6 de março de 2013

FORMAÇÃO DO REINO DE PORTUGAL


Durante a Reconquista Cristã, D. Afonso VI pediu ajuda a cruzados da Europa, dos quais se destacaram D. Raimundo e primo D. Henrique de Borgonha. Como recompensa pela ajuda prestada:

  • D. Raimundo casou com D. Urraca, filha legítima do rei e recebeu o Condado da Galiza;
  • D. Henrique casou com D. Teresa, filha ilegítima do rei e recebeu o Condado Portucalense.

Contudo ao receber um condado tinham de ser leais, obedientes e de prestar auxílio militar ao rei de Castela, D. Afonso VI.

Quando D. Henrique morreu, D. Afonso Henriques (filho de D. Henrique e D. Teresa) ainda não tinha quatro anos por isso D. Teresa passou a governar o Condado Portucalense. Aos 16 anos Afonso Henriques armou-se a si próprio cavaleiro e, como D. Teresa tinha um relacionamento amoroso com um conde galego (Fernão Peres de Trava) havia o receio que a independência do Condado estivesse em perigo, daí que em 1128, se trave a batalha de S. Mamede, entre mãe e filho. Esta batalha acaba por ser ganha por D. Afonso Henriques e os velhos companheiros de armas de seu pai.

D. Afonso Henriques tinha dois objetivos:

  • Lutar contra o primo D. Afonso VII para conseguir a independência do Condado Portucalense;
  • Lutar contra os Muçulmanos para aumentar o território para sul.

A 5 de outubro de 1143 foi assinado o Tratado de Zamora que reconhece a independência do Condado Portucalense, que passou a chamar-se REINO DE PORTUGAL e D. Afonso Henriques foi o seu primeiro rei. Desde 1143 até 1910 Portugal foi uma monarquia hereditária.

Naquela época, o Papa tinha muitos poderes e cada vez que se formava um novo reino cristão, este tinha de reconhecer a independência do reino e confirmar o título de rei ao seu primeiro monarca.

Apesar de muitos serviços prestados à igreja apenas em 1179 é que o Papa Alexandre III reconheceu D. Afonso Henriques como o primeiro rei de Portugal.

A conquista da linha do Tejo fez-se de rio em rio, pois estes eram muito difíceis de atravessar. Em 1147, D. Afonso Henriques conquistou Santarém pela tática do assalto e Lisboa pela tática do cerco. Mas só em 1249 é que os portugueses conseguiram conquistar definitivamente o Algarve, passando D. Afonso III a intitular-se Rei de Portugal e do Algarve.

Na guerra contra os Mouros participaram:

  • O rei que comandava os combates mais importantes;
  • Os senhores nobres e monges-guerreiros que combatiam a cavalo e comandavam os seus guerreiros;
  • Os homens do povo que combatiam a pé e eram os mais numerosos.

Havia zonas em que eram disputadas pelo Reino de Portugal e pelo Reino de Leão e de Castela. Os conflitos resolveram-se em 1297 com o Tratado de Alcanises.

Trabalho de Beatriz Magalhães, nº 6, 5ºI, sob orientação da profª Olga Basílio