A organização cultural de identidades locais e regionais é
quase sempre um processo longo e compósito que reúne diferentes estratégias simbólicas. Muitas vezes são os espaços e monumentos já desaparecidos, as personalidades e factos históricos, bem como as figuras referenciais de santos (com as suas atracções cultuais e devocionais) que se convocam para organizar
identidades locais.
Nesse sentido, a Professora Ana
Antunes, articulando as disciplinas de Geografia, História, EMRC e o
Clube de História e Geografia em Construção,
está a orientar os seus alunos na realização de um trabalho de investigação
sobre o património de Rio Tinto.
Nele serão recordados espaços e lugares desaparecidos ou modificados, bem como
monumentos civis e religiosos.
Em antecipação apresenta-se já, dada a sua raridade, uma
fotografia de uma cascata natural do Rio Tinto que hoje já não existe. Assim se
demonstra que os nossos jovens alunos valorizam a história local e contribuem para a
preservação na memória coletiva de elementos que estruturam identidades regionais
e culturais fundamentais.
Jorge Guimarães