Editores: Grupos de HGP e História número III
O Sabor das especiarias
Desde a antiguidade que
as especiarias eram consumidas na Europa. Por serem raras, chegavam, apenas à
mesa dos mais ricos. Trazidas do Oriente, eram esperadas com grande expectativa,
pois estavam associadas ao requinte na arte de bem comer.
Na Idade Média, através
de rotas marítimas ou terrestres, os Árabes traziam-nas para os mercados das
grandes cidades italianas: Génova e Veneza, que os redistribuíam por outros
países europeus, atingindo, deste modo um preço exorbitante.
Nos séculos XV e XVI,
Portugal procura assumir, em exclusivo, a comercialização das especiarias
vindas do Oriente através da conquista de entrepostos comerciais em África e
Ásia, criando uma nova rota centrada em Lisboa, a Rota Atlântica. Destacam-se figuras
como a do Infante D. Henrique, responsável pela exploração da costa africana e
Vasco da Gama, com a descoberta do caminho marítimo para a Índia.
A chegada das
especiarias à Casa da Índia irá revolucionar a cozinha portuguesa mas, também a
europeia, chegando ao norte da Europa através de Antuérpia onde os portugueses
fazem sentir a sua presença. Atualmente, a malagueta, a pimenta, o gengibre, a
canela, a noz moscada e o cravinho, prevalecem na nossa alimentação quotidiana,
sendo fator de aproximação de povos, culturas e costumes.
Docentes: Maria José Morais e Lúcia Carvalho