domingo, 18 de dezembro de 2011

O luxo na corte do reinado de D. João V

 
      A corte de D. João V tornou-se famosa pela sua riqueza e exibição. Os palácios do rei, como o palácio da Ribeira ou o das Necessidades tinham mobiliário rico e com grande luxo. Este era quase todo revestido a talha dourada e os objetos de decoração eram de prata, peças de loiça vindas da Índia e os móveis – papeleiras, cómodas e contadores, entre outros – eram de madeiras exóticas como o pau-brasil.
      Para mostrar toda a sua riqueza, o D. João VI organizava bailes onde se dançava a pavana e o minuete ao som do violino ou do cravo. As touradas que eram quase obrigatórias nas festas da corte.
      Na Corte para além dos bailes faziam-se vários jogos, como cartas, damas e dados. Assistia-se a sessões de poesia, de música e a representações teatrais. Era também muito apreciado o espetáculo de ópera.
      Muitas vezes, o rei organizava riquíssimos banquetes, onde se serviam quarenta ou mais pratos e, à sobremesa, os doces eram variados. O café, o chá e o chocolate eram servidos em peças de ouro, prata e porcelana. No final das refeições, os homens aspiravam o seu rapé (pó de tabaco).
      O luxo na corte não se caraterizava apenas pelos banquetes, mas também pela aparência física das pessoas. Tornou-se comum o uso de perucas com cachos, os enfeites de ouro e pedras preciosas que vinham do Brasil, o pó de arroz, os brilhos e o uso de perfumes, tal como era habitual na corte francesa. No entanto, o uso destes cosméticos não era uma forma de tratamento corporal mas sim para o embelezar e enfeitar, ou ainda como uma forma de atração do sexo oposto. Nesta época a higiene corporal não era um hábito, nem das mulheres nem dos homens e, por esta razão, usavam-se perfumes em grandes quantidades. A beleza seguia um determinado modelo e a toilette era a principal preocupação, tanto para as mulheres como para os homens.

Trabalho elaborado por
André Cardoso, nº 4,
Catarina Santos, nº 5
e Débora Pereira, nº 7, 6º E,
com orientação da profª Olga Basílio